Já me fiz essa pergunta algumas vezes: vale a pena contratar planos de saúde sem carência? Durante anos escutando clientes, lendo contratos e acompanhando tendências da saúde, percebi que a resposta, como tantas outras, é: depende. Mas calma, prometo que ao longo deste artigo vou deixar menos dúvidas e trazer pontos que talvez ninguém te contou.
O que significa carência nos planos de saúde?
Em muitos momentos atendi pessoas que, ao passar por uma emergência ou receber um diagnóstico inesperado, descobriram na prática o que é carência. Resumindo: a carência é o tempo mínimo que o beneficiário precisa aguardar para começar a usar determinados serviços do plano de saúde depois da contratação. Isso vale para consultas, exames, internações e até partos.
Segundo regras da ANS, existe prazo máximo para cada tipo de procedimento:
- 24 horas para urgência e emergência
- 180 dias para internações e procedimentos complexos
- 300 dias para parto
Esse tempo existe para evitar abusos contratuais e garantir o equilíbrio entre clientes e operadoras. Só que, justamente por causa de situações inesperadas, cresce o interesse por planos sem carência.

O que é um plano sem carência?
Eu vejo muitos anúncios prometendo “carência zero”, mas nem sempre o que parece, é. Planos sem carência são aqueles em que a operadora abre mão do tempo de espera para alguns ou todos os procedimentos. Nem sempre esse benefício é total. Às vezes só vale para exames simples e consultas, ou depende de acordos empresariais e portabilidade.
Por isso, antes de fazer qualquer escolha impulsiva, é bom observar se o plano realmente oferece carência zero para tudo. Na I LOVE SAÚDE, por exemplo, trabalhamos todos os dias tirando dúvidas sobre essas condições, porque detalhes assim mudam toda a experiência do usuário.
Por que tantas pessoas procuram esse tipo de plano?
O principal motivo é urgência. Quantas vezes você já ouviu alguém dizendo que precisa de consulta ou cirurgia rapidamente e não pode esperar o tempo padrão do SUS ou de planos comuns?
Os dados sobre saúde pública são um alerta. Cerca de 76% da população brasileira depende diretamente do Sistema Único de Saúde para atendimento gratuito, segundo levantamento divulgado pela Agência Brasil a partir de informações do Ministério da Saúde (acesse aqui).
A sobrecarga da rede pública torna a alternativa do plano privado sem carência atraente quando o tempo é fator determinante.
Quando um plano sem carência compensa?
No meu ponto de vista, há situações em que compensar é pouco para definir o quanto um plano sem carência pode ser útil. Mas nem tudo são flores. Compartilho alguns cenários reais para reflexão:
- Em emergências e cirurgias eletivas: Quem recebe um diagnóstico e precisa de tratamento imediato pode se beneficiar desse modelo. O aumento das cirurgias eletivas em 21% em 2024 mostra que a demanda por procedimentos rápidos é real.
- Para empresas: Contratos empresariais costumam oferecer isenção ou redução significativa de carência para colaboradores, especialmente em grupos maiores. É uma estratégia para reter talentos e cuidar do bem-estar da equipe.
- Na portabilidade de carências: Quem já tem plano e quer trocar pode buscar portabilidade, muitas vezes mantendo ou reduzindo os prazos de carência, conforme regras da ANS.
- Para gestantes: Para parto, o ideal é planejar, já que a carência costuma ser de 300 dias. Mas imprevistos acontecem, e opções sem carência para pré-natal ou parto são disputadas.
Um plano sem carência não é milagre, é estratégia.
Principais vantagens e desvantagens
Tentei resumir aspectos positivos e negativos, baseando-me nos exemplos da minha rotina na I LOVE SAÚDE:
- Vantagens:
- Uso imediato em casos urgentes
- Segurança para quem não pode esperar
- Facilidade estratégica para empresas e famílias em mudanças
- Desvantagens:
- Preço mais elevado (bastante comum)
- Restrição a perfis específicos (empresarial, grupos, portabilidade etc.)
- Nem sempre cobre todos os procedimentos de cara
Planos sem carência cobrem necessidades imediatas, mas geralmente demandam investimento maior. Avaliar urgência, orçamento e expectativas é tarefa que, de verdade, faz toda a diferença no final.
Por que os planos cobram mais por essa modalidade?
Essa é uma pergunta comum daqueles que nos procuram na I LOVE SAÚDE. O risco para a operadora é maior: sem carência, aumenta o número de pessoas que usam intensamente o serviço logo de início, sem contribuir por bastante tempo antes. Para manter o equilíbrio financeiro, o custo sobe.
Dados da ANS mostram que só nos primeiros meses de 2024 foram realizados aproximadamente 1,94 bilhão de procedimentos entre consultas, exames e atendimentos odontológicos, confirmando o intenso uso da rede particular (veja o relatório). É natural, então, que os contratos sem período de espera reajustem valores.
Papel das empresas na popularização do plano sem carência
Empresas têm papel fundamental nessa evolução, principalmente por meio de planos coletivos. Quando um colaborador é incluído em um contrato empresarial, há maior flexibilidade para negociar isenção de carência, dependendo do porte da empresa.
Isso tem impacto direto na vida dos funcionários e seus dependentes. Já acompanhei situações em que uma mudança de emprego trouxe mais qualidade de vida, justamente porque o novo benefício incluía plano sem carência para toda a família.

Como escolher o melhor plano pensando em carência?
Se eu pudesse dar um conselho simples, seria: olhe para sua vida e projete os próximos meses. Tem cirurgia programada? Mudança de emprego? Planejamento de gravidez? Essas respostas vão definir se um plano sem carência realmente faz sentido.
O site I LOVE SAÚDE ajuda muito nessa etapa de comparação, pois reúne informações de diversos planos, mostrando coberturas, valores e regras de carência. Um comparativo minucioso economiza tempo e especialmente dinheiro.
Um levantamento recente da ANS indica que havia em março de 2025 mais de 52 milhões de beneficiários em planos médicos e 34 milhões em planos odontológicos, mostrando o tamanho e diversidade deste universo de escolhas (confira os dados).
Carência, digitalização e futuro da saúde no Brasil
É inevitável sentir que muita coisa mudou nos últimos anos. Quase 95% das unidades básicas de saúde já têm acesso à internet e digitalizaram prontuários. Essa digitalização aproxime as áreas pública e privada e afeta até mesmo a gestão das carências, com contratos mais ágeis e transparentes.
Conclusão: quando vale a pena contratar um plano sem carência?
Depois de tantos anos acompanhando de perto esse mercado, minha resposta sincera continua a mesma: depende da sua necessidade, orçamento e momento de vida.
Urgência pede decisão rápida, mas planejamento inteligente evita sustos maior lá na frente.
O atendimento personalizado e o suporte de especialistas, como fazemos aqui na I LOVE SAÚDE, faz toda a diferença para escolher a opção que realmente compensa para você, sua família ou sua empresa. Se precisar de ajuda, análise personalizada ou cotação, conte conosco para te ajudar a encontrar o plano ideal.
Perguntas frequentes sobre planos sem carência
O que é plano de saúde sem carência?
Plano de saúde sem carência é aquele em que o beneficiário pode acessar determinados serviços imediatamente após a contratação, sem precisar aguardar os prazos tradicionais de carência definidos pela ANS. Em alguns casos, esse benefício só vale para consultas e exames simples, variando conforme o contrato e perfil (individual, familiar, empresarial).
Vale a pena contratar sem carência?
A contratação vale a pena especialmente para quem tem urgência em usar o serviço, conta com situações de saúde específicas ou precisa de cobertura imediata (empresa, cirurgia, mudança de plano). No entanto, o valor costuma ser mais alto. Por isso, pesar necessidade, orçamento e expectativas é fundamental.
Como funciona a isenção de carência?
A isenção de carência ocorre quando, por negociações ou situações específicas (contrato empresarial, portabilidade, promoção), o cliente não precisa esperar o tempo padrão para usar determinados procedimentos. Pode ser total (todos os procedimentos) ou parcial (apenas exames simples, por exemplo). Confirme sempre com o consultor!
Quais planos oferecem carência zero?
Planos com carência zero costumam ser ofertados em situações especiais, como contratos empresariais para grupos acima de determinado número de vidas, portabilidade regulada pela ANS ou campanhas promocionais de algumas operadoras. Nem sempre o benefício cobre tudo, então cheque cada condição.
Quanto custa um plano sem carência?
Os valores são geralmente mais altos que planos com carência padrão, pois o risco para a operadora aumenta. O preço varia conforme faixa etária, abrangência, tipo de contratação (familiar, individual, empresarial) e região. Uma cotação personalizada, como a que fazemos na I LOVE SAÚDE, pode trazer clareza sobre o investimento necessário.